Cosme, Luis

Área de identificação

Tipo de entidade

Pessoa

Forma autorizada do nome

Cosme, Luis

Forma(s) paralela(s) de nome

    Formas normalizadas do nome de acordo com outras regras

      Outra(s) forma(s) de nome

        identificadores para entidades coletivas

        Área de descrição

        Datas de existência

        1908-1965

        Histórico

        “Luís Cosme nasceu em Porto Alegre, estado do Rio Grande do Sul a 9 de março de 1908. Pertencia a uma família de músicos: seus irmãos Walter e Sotero foram, respectivamente, pianista e violinista. Luís iniciou aos oito anos de idade os estudos musicais. Dedicou-se ao violino e recebeu as primeiras lições de harmonia de Assuero Garritano, no Conservatório de Porto Alegre.

        Em 1927 embarcou para os Estados Unidos, onde se candidatou a uma bolsa de estudos. Bem sucedido, freqüentou o Conservatório de Cincinnati, Ohio, durante dois anos. Foram seus professores naquele estabelecimento de ensino Robert Perutz e Wladimir Bakaleinikoff, o primeiro de violino e o segundo de composição. De volta ao Brasil, dedicou-se ao magistério no Instituto Musical e no Colégio Americano de Porto Alegre.

        Datam dessa época os primeiros ensaios de composição. Já em 21 de outubro de 1931, numeroso público encheu a Sala Beethoven, da capital gaúcha, para assistir a uma Noite Brasileira de Radamés Gnattali e Luís Cosme. Em 1932, transferiu Luís Cosme sua residência para o Rio de Janeiro. Não tardaria a apresentação do bailado Salamanca do Jarau como suíte orquestral: em outubro de 1936, sob a batuta de Heitor Villa-Lobos, a orquestra do Teatro Municipal do Rio de Janeiro deu-o a conhecer ao público carioca. Em 1937, Francisco Mignone fazia o mesmo em São Paulo. No mesmo ano, Georg Wach, regente alemão, executou, em Berlim, seu Prelúdio, para orquestra, e a Canção do Tio Barnabé, recentemente instrumentada. Quando foi impresso o álbum de Música Brasileira Moderna, destinado à Exposição Internacional de Arte e Técnica, realizada em Paris em 1937, Luís Cosme figurou, com a peça Mãe d’Água Canta, para violino e piano, entre os dez autores selecionados para aquela pequena antologia.

        (...)

        O trabalho mais importante de Luís Cosme é o bailado Salamanca do Jarau, inspirado na lenda gaúcha do mesmo nome recolhida por Simões Lopes Neto. (...)

        A obra pianística de Luís Cosme consiste em três peças denominadas Três Manchas: Saci Pererê, Canção do Tio Barnabé e Dança do Fogareiro. (...)

        A obra vocal de Luís Cosme iniciou-se, em 1931, com as Três Manchas Gaúchas (Colonial, Aquela China e Balada para os Carreteiros), para voz média. (...)

        Em 1946 Luís Cosme compôs mais um trabalho de vulto – o bailado Lambe-Lambe, para orquestra. (...) No Lambe-Lambe, Luís Cosme empregou o resultado de seus estudos das partituras de autores contemporâneos e obteve, é justo reconhecer, efeitos sedutores. (...)

        Infelizmente, enfermidade implacável o impediu de compor desde 1951. Voltou-se então para a musicologia, publicando Introdução à Música, Música e Tempo e Música Sempre Música, que contêm interessantes ensaios. Faleceu no Rio de Janeiro no ano seguinte.

        Locais

        Porto Alegre/RS

        Estado Legal

        Funções, ocupações e atividades

        Mandatos/fontes de autoridade

        Estruturas internas/genealogia

        Contexto geral

        Área de relacionamentos

        Área de pontos de acesso

        Pontos de acesso de assunto

        Pontos de acesso local

        Ocupações

        Área de controle

        Identificador de autoridade arquivística de documentos

        Identificador da entidade custodiadora

        Regras ou convenções utilizadas

        Estado atual

        Revisado

        Nível de detalhamento

        Parcial

        Datas de criação, revisão e eliminação

        2025-05-08

        Idioma(s)

        • português do Brasil

        Sistema(s) de escrita(s)

          Fontes

          MARIZ, Vasco. "História da Música no Brasil". Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1994. p. 252-255.

          Notas de manutenção

          Registrado por Igor Tadeu Baggio da Silva