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Datas de existência
Histórico
“Luís Cosme nasceu em Porto Alegre, estado do Rio Grande do Sul a 9 de março de 1908. Pertencia a uma família de músicos: seus irmãos Walter e Sotero foram, respectivamente, pianista e violinista. Luís iniciou aos oito anos de idade os estudos musicais. Dedicou-se ao violino e recebeu as primeiras lições de harmonia de Assuero Garritano, no Conservatório de Porto Alegre.
Em 1927 embarcou para os Estados Unidos, onde se candidatou a uma bolsa de estudos. Bem sucedido, freqüentou o Conservatório de Cincinnati, Ohio, durante dois anos. Foram seus professores naquele estabelecimento de ensino Robert Perutz e Wladimir Bakaleinikoff, o primeiro de violino e o segundo de composição. De volta ao Brasil, dedicou-se ao magistério no Instituto Musical e no Colégio Americano de Porto Alegre.
Datam dessa época os primeiros ensaios de composição. Já em 21 de outubro de 1931, numeroso público encheu a Sala Beethoven, da capital gaúcha, para assistir a uma Noite Brasileira de Radamés Gnattali e Luís Cosme. Em 1932, transferiu Luís Cosme sua residência para o Rio de Janeiro. Não tardaria a apresentação do bailado Salamanca do Jarau como suíte orquestral: em outubro de 1936, sob a batuta de Heitor Villa-Lobos, a orquestra do Teatro Municipal do Rio de Janeiro deu-o a conhecer ao público carioca. Em 1937, Francisco Mignone fazia o mesmo em São Paulo. No mesmo ano, Georg Wach, regente alemão, executou, em Berlim, seu Prelúdio, para orquestra, e a Canção do Tio Barnabé, recentemente instrumentada. Quando foi impresso o álbum de Música Brasileira Moderna, destinado à Exposição Internacional de Arte e Técnica, realizada em Paris em 1937, Luís Cosme figurou, com a peça Mãe d’Água Canta, para violino e piano, entre os dez autores selecionados para aquela pequena antologia.
(...)
O trabalho mais importante de Luís Cosme é o bailado Salamanca do Jarau, inspirado na lenda gaúcha do mesmo nome recolhida por Simões Lopes Neto. (...)
A obra pianística de Luís Cosme consiste em três peças denominadas Três Manchas: Saci Pererê, Canção do Tio Barnabé e Dança do Fogareiro. (...)
A obra vocal de Luís Cosme iniciou-se, em 1931, com as Três Manchas Gaúchas (Colonial, Aquela China e Balada para os Carreteiros), para voz média. (...)
Em 1946 Luís Cosme compôs mais um trabalho de vulto – o bailado Lambe-Lambe, para orquestra. (...) No Lambe-Lambe, Luís Cosme empregou o resultado de seus estudos das partituras de autores contemporâneos e obteve, é justo reconhecer, efeitos sedutores. (...)
Infelizmente, enfermidade implacável o impediu de compor desde 1951. Voltou-se então para a musicologia, publicando Introdução à Música, Música e Tempo e Música Sempre Música, que contêm interessantes ensaios. Faleceu no Rio de Janeiro no ano seguinte.
Locais
Porto Alegre/RS
Estado Legal
Funções, ocupações e atividades
Mandatos/fontes de autoridade
Estruturas internas/genealogia
Contexto geral
Área de relacionamentos
Área de pontos de acesso
Pontos de acesso de assunto
Pontos de acesso local
Ocupações
Área de controle
Identificador de autoridade arquivística de documentos
Mantido por
Identificador da entidade custodiadora
Regras ou convenções utilizadas
Estado atual
Nível de detalhamento
Datas de criação, revisão e eliminação
2025-05-08
Idioma(s)
- português do Brasil
Sistema(s) de escrita(s)
Fontes
MARIZ, Vasco. "História da Música no Brasil". Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1994. p. 252-255.
Notas de manutenção
Registrado por Igor Tadeu Baggio da Silva