Subsérie BR RSMC 03.01.01 - Escritório nas Minas

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Código de referência

BR RSMC 03.01.01

Título

Escritório nas Minas

Data(s)

  • 1917 - 1936 (Produção)

Nível de descrição

Subsérie

Dimensão e suporte

Papel,textual
3,84 metros lineares

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Nome do produtor

Entidade custodiadora

História do arquivo

Fonte imediata de aquisição ou transferência

Área de conteúdo e estrutura

Âmbito e conteúdo

A subsérie Escritório nas Minas, nomenclatura utilizada pela companhia para definir a sede básica de onde provinham e chegavam as decisões administrativas. Tal subsérie é composta pelas tipologias Estatutos e certidões; Telegramas/fonogramas; Cartas; Memorandos; e Contratos.

Constituem os Estatutos da Companhia Carbonífera Rio Grandense datado do ano de 1935, documento que não é o primeiro regramento jurídico da empresa, mas sim o mais antigo preservado junto ao fundo. Também acompanha a tipologia a certidão de petição assinada por Ricardo Souza Porto e outros contra a Companhia Minas de Carvão do
Jacuhy, sobre o contrato de arrendamento da Fazenda do Leão, as construções nela efetuadas e os maquinários ali dispostos. Tal certidão cita Genésio da Costa Marques, um dos diretores da CCR em 1929, como parte do caso.

Os Telegramas/fonogramas diz respeito aos documentos de comunicação rápida entre dirigentes da Companhia Carbonífera Riograndense entre as décadas de 1920 e 1930. Em geral, constam cópias de telegramas enviados e recebidos,
tanto para os escritórios da companhia em outras praças, quanto para as minas localizadas no Baixo Jacuí. Consta, entre tais telegramas, um registro de maio de 1936, através do qual o então governador estadual Flores da Cunha recomenda seu amigo, Paulo Labarthe, ao Comendador Martinelli, então um dos acionistas da CCR.

As Cartas registram a troca de correspondências entre distintos setores administrativos da companhia, sobretudo apontando as relações entre tais setores. Estes documentos reportam decisões quanto à postura comercial e de gestão da empresa, reportam as relações da produção carbonífera com a política de impostos do governo federal, tratam dos benefícios e cobranças aos operários, deliberam sobre assuntos financeiros e acertam demandas de mercado. Algumas correspondências também apresentam discussões a respeito das rotas de escoamento da produção carbonífera, sobretudo através do Rio Jacuí e das vias férreas então existentes. Especificamente, convém salientar que as cartas permitem antever, para além das temáticas recorrentes, troca de informações menos constantes, mas igualmente importantes, tais como a importância do respeito à política de compra de explosivos aplicada pelo governo brasileiro (e obedecida pela empresa), a troca de documentos e dados sobre a extração e comercialização do carvão desligamento de funcio- nário das minas da CCR por razões de “segurança nacional”, no ano de 1934, e até mesmo sobre a severa crise que atingiu a CCR entre os anos de 1926 e 1927, ameaçando a companhia de insolvência. Correspondências datadas de 1927, trocadas entre a Superintendência (Porto Alegre, RS) e a Matriz (Rio de Janeiro, RJ) da CCR trazem informações importantes sobre a região de Butiá e o histórico da mineração no local.

Já outro conjunto de correspondências, datado do final de 1937, aponta para o estudo sobre o carvão nacional e aponta alternativas estudadas para viabilizar o barateamento no custo das despesas da companhia. Outras cartas abordam também a difícil situação do trabalho nas minas de carvão administradas pela CCR, reportando acidentes entre mineiros, a postura da empresa em relação aos pedidos de férias dos operários, as atividades de paralisação e protesto (como as apontadas no ano de 1923), as notificações da companhia sobre o alistamento militar de seus funcionários e organização das Juntas de Conciliação do Trabalho no âmbito do regime de atuação nas minas. Conveniente também é salientar as cartas que tratam de temas referentes à vigilância policial no âmbito das atividades de mineração (como a correspondência que se refere à criação de uma seção policial na Mina de Butiá, em 1921). O maço de cartas relativa ao ano de 1934, por sua vez, aponta a criação do Esperança Foot-Bool Club, além de correspondências entre o Ministro
da Guerra e os administradores das minas de Butiá, referentes ao alistamento de mineiros. Por fim, cartas destinadas a destinatários diversos permitem ver as relações da Companhia com fornecedores de materiais, entidades financeiras, seguradoras, compradores de carvão e empreiteiros responsáveis pela construção e manutenção da infraestrutura
da CCR, como o Cabo Aéreo, o Porto do Conde, os cabos telegráficos e as vias férreas. Constam, de forma sucinta, os seguintes cruzamentos entre remetentes e destinatários, de acordo com a ordenação cronológica:

• 1917/1921: Engenheiro Chefe x Diversos

• 1918: Matriz x Engenheiro Chefe de Butiá; Superintendência x Di-
versos; Engenheiro Chefe x Engenheiro Ajudante das Minas do Bu-
tiá;

• 1918/1919: Superintendência x Minas do Butiá (Engenheiro Che-
fe); Engenheiro Chefe x Engenheiro Ajudante das Minas do Butiá;

• 1919: Diversos x Honório Hermeto Correia da Costa (Engenheiro
Chefe);
• 1920: Engenheiro Chefe x Superintendência; Engenheiro Chefe de
Butiá x Diversos; Diversas;

• 1921: Superintendência x Engenheiro Chefe da Mina de Butiá; In-
tendência Municipal de São Jerônimo x Superintendência; Diver-
sas;

• 1922: Superintendência x Engenheiro Chefe da Mina de Butiá; En-
genheiro Chefe de Butiá x Diversos;

• 1922/1923: Engenheiro Chefe x Superintendência;
• 1923: Superintendência x Matriz; Superintendência x Estrada de
Ferro Jacuhy; Superintendência x Diversos;
• 1923/1924: Superintendência x Matriz;

• 1924: Agência de POA (Superintendência) x Matriz; Superinten-
dência x Engenheiro Chefe; Agência de POA (Superintendência) x

Diversos; Diversas;

• 1924/1925: Agência de POA (Superintendência) x Diversos; Com-
panhia Minas do Carvão do Jacuhy (CMCJ);

• 1924/1926: Agência de POA (Superintendência) x Diversos;
• 1925: Engenheiro Chefe de Butiá x Diversos;
• 1925/1926: Agência de POA (Superintendência) x Matriz;
• 1926: Superintendência x Matriz; Superintendência x Engenheiro
Chefe; Agência de POA (Superintendência) x Diversos; Diversas;
• 1926/1927: Agência de POA (Superintendência) x Matriz;
• 1926/1928: Agência de POA (Superintendência) x Diversos;
• 1926/1931: Agência de POA (Superintendência) x Minas do Butiá
Engenheiro Chefe;
• 1927: Diversos x Superintendência; Diversas;
• 1927/1929: Agência de POA (Superintendência) x Matriz;
• 1927/1936: Agência de POA (Superintendência) x Estrada de Ferro Jacuhy;
• 1928/1929: Agência de POA (Superintendência) x Diversos;
• 1929: Diversas;
• 1929/1930: Agência de POA (Superintendência) x Matriz;
• 1930: Diversas;
• 1930/1931: Agência de POA (Superintendência) x Matriz; Agência
de POA (Superintendência) x Diversos;
• 1931/1932: Agência de POA (Superintendência) x Diversos;
• 1931/1933: Agência de POA (Superintendência) x Matriz;

• 1931/1936: Agência de POA (Superintendência) x Diversos; Diver-
sas;

• 1932: Fornecedores x Superintendência;
• 1932/1933: Engenheiro Chefe de Butiá x Diversos;
• 1933: Engenheiro Chefe de Butiá x Diversos;
• 1933/1934: Superintendência x Engenheiro Chefe das Minas de

Butiá; Agência de POA (Superintendência) x Diversos; Administração das Minas do Recreio x Engenheiro Chefe de Butiá;

• 1933/1935: Agência de POA (Superintendência) x Matriz;

• 1934: Superintendência x Engenheiro Chefe; Agência de POA (Superintendência) x Diversos; Fornecedores x Superintendência; Engenheiro Chefe de Butiá x Diversos; Diversos x Engenheiro Chefe;

• 1934/1936: Agência de POA (Superintendência) x Diversos;
• 1935: Agência de POA (Superintendência) x Matriz;
• 1935/1936: Superintendência x Engenheiro Chefe; Engenheiro
Chefe de Butiá x Diversos; Diversos x Engenheiro Chefe das Minas
de Butiá;
• 1936: Matriz x Superintendência; Superintendência x Engenheiro
Chefe; Fornecedores x Superintendência.

Os Memorandos incluem registros de correspondência interna entre administradores da CCR, sobretudo em relação ao envio/recebimento de documentos, pagamento de contas e impostos, trânsito de relatórios de extração e de
informes sobre operários e horas por eles trabalhadas.

Os Contratos referem-se, basicamente, a dois documentos, o primeiro deles referente à locação de terrenos nas Minas de Butiá e o segundo relativo à construção de uma estação no Poço 2 (tal contrato conta com uma proposta de orçamento entre a CCR e a construtora envolvida na obra).

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