A série é composta por documentos de gêneros bibliográfico, eletrônico, filmográfico, iconográfico, sonoro, textual e tridimensional referentes às atividades-fim desenvolvidas pela FIGTF entre 1974 e 2017. Constam no conjunto documentos referentes às clipagens de periódicos, relatórios e outras tipologias de documentos textuais e iconográficos produzidos em função de pesquisas sobre a chamada “cultura gauchesca”. Também em função de fotografias produzidas em atividades e pesquisas de campo há milhares de diapositivos no acervo, retratando festivais musicais, danças, festas, tradições e costumes populares, a vida no campo, entre outros temas. Além disso, a série é composta por uma coleção de livros e cerca de 2,5 mil monografias sobre folclore, produzidas no âmbito da Faculdade de Música Palestrina (FAMUPA) de Porto Alegre. A série contém, ainda, milhares de itens de gênero sonoro (discos de 78rpm, LPs, fitas K7), a maior parte pertencentes ao Museu do Som Regional, documentos eletrônicos (CDs e DVDs) e 9,54 metros lineares de documentos textuais e iconográficos relativos ao Memorial dos Festivais Nativistas.
Fundação Instituto Gaúcho de Tradição e Folclore (FIGTF/IGTF)A série é composta por documentos em gênero textual e iconográfico referentes à história e administração básica da Fundação Instituto Gaúcho de Tradição e Folclore. Constam documentos datados de 1953 (período anterior à criação do ITF) a 2011. Além de fotografias das primeiras sedes e do funcionamento da instituição, a série apresenta clipagens de jornais (relacionadas à criação e aos primeiros anos de funcionamento da fundação), cópias de estatutos, relatórios de atividades, reproduções de organogramas funcionais e registros relacionados à história da FIGTF – incluindo sua relação com outras instituições, tais como o Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG).
Fundação Instituto Gaúcho de Tradição e Folclore (FIGTF/IGTF)A série faz referência a documentos produzidos e recebidos pela Fundação Instituto Gaúcho de Tradição e Folclore (FIGTF) em função de suas atividades administrativas (atividades-meio). Entretanto, como ainda não receberam intervenção arquivística, não é possível estabelecer um nível amplo de detalhamento sobre seu conteúdo. O conjunto é composto, predominantemente, por documentos de gênero textual, mas há também iconográficos.
Fundação Instituto Gaúcho de Tradição e Folclore (FIGTF/IGTF)A Série Escritório de contabilidade é composta pelas seguintes tipologias documentais: Fatura de compras; registro de escrituras de materiais importados; Mapas de extração de Carvão; Mapas de consumo de energia; Mapas de Despesas Gerais; Requerimentos e Restituições.
Companhia Estrada de Ferro e Minas de São Jeronymo (CEFMSJ)A Série Caixa de aposentadoria e pensões está composta por documentos relacionados a esta entidade criada para dar assistência aos trabalhadores, e fazem parte as seguintes tipologias: Cartas; Atestados; e Relação de medicamentos para aposentados.
Companhia Carbonífera Rio Grandense (CCR)A Série F. Segura & CIA LTDA relaciona-se com o envio de mercadorias pelos armazéns desta empresa aos trabalhadores vinculados à Companhia Carbonífera Rio Grandense, e está composta pelas Tipologias Faturas; Relações de Fornecimento; Folhas de Pagamento; Registro do Movimento de estampilhas vendas mercantis; e Registro de vendas e pagamento de impostos.
• Faturas:
Reúne dados contábeis mensais de fornecimentos aos mineiros; pessoal da mina e patrões de mineiros, constando também duplicatas, recibos e notas aceca das mercadorias enviadas pelos Armazéns da F. Segura & CIA LTDA. Constam informações como listas e relações de atrasos e de devedores à Companhia, e relações mensais de forneci-
mentos ao pessoal da Estrada de Ferro Jacuhy e do Cabo Aéreo pelo seu armazém, em itens como fazendas, secos e molhados, ferragens, tintas e miudezas.
• Relações de Fornecimento:
Referem-se à década de 1930, até 1936, e se dirigem ao pessoal da mina; aos mineiros; ao pessoal da Companhia Carbonífera Rio Grandense e aos patrões de mineiros, individualizando os compradores e devedores da F. Segura, ao fornecer o número da chapa do trabalhador; seu nome; os débitos e observações acerca da pessoa mencionada.
• Folhas de Pagamento:
Lista os empregados da F. Segura & CIA LTDA no mês de fevereiro de 1935, constando os nomes dos trabalhadores, as importâncias de seus ordenados; suas despesas e saldos.
• Registro do Movimento de estampilhas vendas mercantis:
Documentos utilizados para o controle de vendas e movimentação de estampilhas para o registro de atividades mercantis.
• Registro de vendas e pagamento impostos:
Documentos com listados e de pagamentos de imposto em função da comercialização e venda de produtos.
Dossiê Cabo Aéreo:
O Dossiê reúne documentos entre 1933 e 1937, versando sobre as mais diversas atividades a sua construção, do cabo aéreo, como listas de ferramentas normais e especiais para sua montagem, incluindo fornecedores estrangeiros; cartas de fornecedores para o diretor-presidente da Companhia Carbonífera Rio-Grandense no Rio de Janeiro; memorandos para contagem de dias úteis de serviço para sua construção; orçamentos e notas de serviços executados pelos fornecedores;
correspondências entre a Companhia e o Porto do Conde; e desenhos de maquinários referentes às locomotivas nas Minas do Butiá.
Informações normativas, regulamentares e contratuais também compõem a documentação, como o Edital da Secretaria do Estado dos Negócios de Obras Públicas sobre imóveis particulares a serem desapropriados e indenizações a pagar, e acordos para indenizações à firma construtora por empecilhos havidos à realização das obras. No mesmo sentido, contratos entre a Companhia Carbonífera Rio-Grandense e a firma Barcellos & CIA LTDA para a construção das obras de cimento armado do Silo e Estação de Descarga de Carvão do transportador aéreo, assim como propostas à Carbonífera Rio-Grandense para o reinicio das obras, no ano de 1936.
Dossiê Sociedade Anônima Martinell:
Reúne documentos cujas informações se relacionam com as atividades desta Sociedade com a Companhia Carbonífera Riograndense no que diz respeito ao escoamento da produção carbonífera na região.
A série Almoxarifado apresenta documentos relacionados ao setor responsável pelo armazenamento e distribuição de materiais utilizados na extração e no transporte do carvão obtido pela CCR nas minas de Butiá e Leão. O setor centralizava a remessa de ferramentas, explosivos, equipamento para os mineiros e toda maquinaria necessária para a atividade mineira na região. Sua posição de centralidade na lógica da mineração pode ser percebida na documentação acumulada pelo setor e dividida nas seguintes tipologias: Guia de Remessa; Relação de Material Fornecido; Registro de Entrada de Materiais; Registro de Saída de Materiais; Balancetes de Exploração (Poço Borges de Medeiros); Demonstrativo de Despesas; Faturas de Material Fornecido.
• Guia de Remessa:
Registra o material enviado do Almoxarifado a distintos setores da exploração carbonífera pela CCR. A documentação relaciona faturas e pedidos, além de permitir ver o fluxo de materiais utilizados pela companhia entre 1921 e 1936.
• Relação de Material Fornecido:
Registra, de forma resumida os materiais fornecidos pelo Almoxarifado aos demais setores da empresa, servindo ainda como controle interno de entrada e saída de materiais do setor.
• Registro de Entrada de Materiais:
Os documentos são compostos por um livro borrão de entrada de mercadorias, entre os anos de 1924-1929, relacionando desde giz em pedra, vidros, fechaduras, espoletas e dinamite, até pacotes de sapatos e gêneros alimentícios.
• Registro de Saída de Materiais:
Consta em um livro mensal das saídas de material; contas de custeio e capital; fornecimentos, dentre outros, a mineiros, à Estrada de Ferro Jacuhy; ao Cabo Aéreo: à Villa Operária; e Caixa Beneficente, conforme os balancetes realizados e os saldos existentes na data, entre os anos de 1930 e 1936.
• Balancetes de Exploração (Poço Borges de Medeiros):
Fornecem um mapeamento amplo de todos os setores e atividades da Companhia envolvidos na extração do carvão realizada no Poço Borges de Medeiros, demonstrando, com isso, suas continuidades, inovações e rupturas, quer em setores ou funções, nos anos de 1922-1923 e 1931-1932. Para tal, fornecem as relações de materiais fornecidos para
as diversas atividades exercidas na Mina, constando, dentre outras, de contas de custeio e de capital, e de contas de terceiros, incluídas nestas a Estrada de Ferro Jacuhy; Caixa Beneficente; Villa Operária; Olaria; Fábrica de Pólvora; Fundição de Ferro e Bronze. Os Balancetes voltados especificamente à exploração do Poço Borges de Medeiros relacionam o Custeio; com as folhas da Administração, do Escriptório e do Almoxarifado; e a Mão de Obra, elencando as despesas com as folhas de oficina mecânica; eletricidade; usina; caldeiras; guincho; ferraria; carpintaria; serra circular; recebedoria; escolha e carregamento; descarga de Pedra; locomotiva de manobra; polícia, diversos; subsolo; mineiros; materiais fornecidos pelo Almoxarifado. Anexo às relações, encontram-se os valores referentes à Divisão do Preço do Carvão feitos em relatórios mensais, discriminando as importâncias gastas com a mão de obra e materiais de superfície e subsolo.
• Demonstrativos de Despesas:
Tratam dessas que são levadas à conta de capital da Companhia Carbonífera Rio Grandense, entre março e novembro de 1928, referindo-se às novas instalações; ar comprimido; mudança da caldeira Keller; sondagens e Poço de Ventilação no 2, informando as importâncias gastas com mão de obra e materiais e os totais das despesas.
• Faturas de Material Fornecido:
Elenca os documentos probatórios a respeito das compras efetuadas pelo Almoxarifado da CCR. Algumas faturas são acompanhadas por contas de custeio e relatórios de gastos, destinados a resumir os valores gastos ou empregados na estocagem de materiais pelo Almoxarifado.
A série Escritório de Contabilidade dá conta de documentos produzidos e/ou acumulados pela divisão de mesmo nome da Companhia Carbonífera Rio-grandense. Basicamente, o Escritório pode ser identificado como o organismo responsável pelo controle financeiro-contábil da CCR, seja através da reunião de documentos que certificam e provam pagamentos e recebimentos da companhia, seja por via da correspondência entre o Escritório e outras seções da empresa, e está composta pelas tipologias documentais Cartas; Recibos Notas e Faturas; Livro/Boletim de Caixa; Balancete; Ordem de Pagamento; Demonstrativo de Pagamentos; Registro de Pagamentos Fornecedores; Duplicatas a Pagar.
• Cartas:
É composta por correspondências entre o responsável pelo Escritório de Contabilidade (contador) e outros setores administrativos da CCR. Basicamente, as cartas elencam e comentam balanços, lucros, dividendos e saldos a pagar no âmbito financeiro-contábil da companhia. Algumas cartas trazem ainda informações a respeito de saldos devedores a operários, incluindo vítimas de acidentes de trabalho. Como anexo de cartas enviadas pelo mesmo departamento, constam autorizações de pagamento, guias de recebimento, duplicatas e folhas de pagamento da Caixa de Aposentadorias e Pensões.
• Recibos, Notas e Faturas:
É composta por documentos que comprovam o pagamento e o recebimento de valores por materiais e serviços comprados, contratados ou prestados na Mina do Leão, nas Minas de Butiá e na Estrada de Ferro do Jacuhy.
• Livro/ Boletim de Caixa:
Elencam registros sobre o fluxo das contas da Companhia Carbonífera Riograndense, sobretudo no que tange às “entradas” e “saídas” de valores e ao emprego dos mesmos em gastos apontados na documentação.
• Balancetes:
Registram a informação resumida a respeito do custo e dos ganhos da companhia nas atividades-meio e atividades-fim relativas à exploração do carvão.
• Ordens de Pagamento:
Traz consigo documentos de caráter contábil nos quais se registram o pagamento por serviços prestados.
• Demonstrativo de Pagamentos:
Por sua vez, cumpre a função de extrato e recibo de pagamentos efetuados pela companhia internamente.
• Registro de Pagamentos Fornecedores:
Comprovam os pagamentos realizados pela CCR a seus fornecedores, em geral responsáveis pelos materiais utilizados pela companhia.
• Duplicatas a pagar:
Abrangem os vencimentos no período de 1929 a 1932, constando data e número da fatura; fornecedores; Praça, como as de São Jerônimo, Porto Alegre, Arroio dos Ratos, Sapiranga, Rio Grande, Taquara, Montenegro, Novo Hamburgo, Santa Cruz e São Leopoldo; endereço; valor; dia do vencimento e observações.
• Relação de móveis e utensílios Minas do Leão:
Registro da maioria dos móveis e utensílios utilizados nas Minas de Leão.
A série Administração está dividida em três subséries nas quais constam as tipologias que elucidam a conformação do conjunto documental, suas funções e significados. Basicamente, tal série dá conta das atividades básicas da Companhia Carbonífera Rio Grandense, desde a atuação diretiva de seus gestores, até a combinação de registros que permitem conhecer os meandros da exploração carbonífera na região de Butiá e a mão de obra empregada em tal trabalho. As subséries que a compõe são: Escritório nas Minas (03.01.1)7; Extração de Carvão (03.01.2); e pessoal (03.01.3).
A série Pessoal destina-se a agrupar documentos produzidos em função do registro de atividades, pagamento, suspensão ou adiantamento de salários aos mineiros da Companhia Minas de Carvão do Jacuhy. Compõem a série as seguintes tipologias: Folhas de Pagamento, Recibos de Adiantamento de Salário, Controle de Dias Trabalhados, Lista de Atraso de Pagamentos.
A Folha de Pagamento reúne imformações como o nome dos operários, período trabalhado e quantia recebida em dinheiro por tal serviço. As folhas dão conta do pagamento aos operários em ação na Mina do Leão, durante os anos de exploração daquela jazida pela Companhia Minas de Carvão do Jacuhy.
Os Recibos de Adiantamento de Salário apontam para o registro de adiantamento de salários pela companhia em relação a seus operários. Os registros mostram os chamados vales emitidos, que permitiam o controle sobre quanto do salário dos mineiros havia sido adiantado e quanto ainda restava por pagar a eles. É importante salientar que alguns vales também eram utilizados como adiantamento de gastos junto à Cooperativa das Minas.
O Controle dos Dias Trabalhados elenca a relação de operários e a carga horária por eles trabalhada em determinadas jornadas. Constam os pontos de pedreiros e serventes, da Carpintaria e dos mineiros do Poço Wenceslau Braz (Mina do Leão).
A Lista de Atraso de Pagamentos registra débitos da companhia ou de operários junto à Cooperativa.
A Folha de Pagamentos são varias registros diversos de pagamentos a trabalhadores de diferentes entidades ligadas a mineração.
A série é composta pelas tipologias Relação de materiais, Controle de materiais, Inventários de Materiais, Balancetes Financeiros, Faturas e Recibos e Cartas, identificadas a partir do mapeamento a respeito de seu produtor original (o próprio almoxarife da companhia). São documentos que versam a respeito da entrada e saída de materaiais provenientes de distintos locais e contextos.
A Relação de materiais registra os materiais fornecidos à Mina do Leão pelo Almoxarifado, além de registrar a mesma informação em relação à Vila Operária e outros setores da companhia. Basicamente, a documentação permit antever o fluxo de bens materiais utilizado no contexto de exploraçã carbonífera.
O Controle de Materiais elenca os materiais de uso armazenados e geridos pelo Almoxarifado e enviados a outros setores da companhia, tais como o Porto Coronel Carvalho. O sentido desta documentação é, justamente, o de controlar o envio de materiais, tais como ferramentas, trilhos, etc.
Os Inventário de Materiais são listagens feitas no ano 1919 tendo por referência as Existências da Companhia em 31 de dezembro de 1918, e que constam no Balancete das despesas feitas com instalações e custeio nas Minas do Leão, discriminando especificamente as com Administração no Rio (Matriz da Companhia); Administração; Afloramentos com Instalação e Exploração; Arrendamentos; Casa da Diretoria; Despesas Gerais; Estudos e Sondagens; Levantamentos Topográficos; Conservação de Edifícios, Estradas de Rodagem e Benfeitorias; Poço Wenceslau Braz; umauto “Ford”; Transporte terrestre; Usinas e Oficinas; e Semoventes.
Os Balancetes Financeiros fornecem as relações de contas da Cooperativa das Minas do Leão em 31 de dezembro de 1918, e as constantes no Balancete do Almoxarifado Geral da Administração em Rio Grande nos meses de agosto e
setembro de 1919, designando os materiais por unidades, entradass, saídas e totais de quantidades valores.
As Faturas e Recibos contêm documentos que comprovam o pagamento de materiais comprados e/ou cedidos para/pelo Almoxarifado nas atividades de exploração carbonífera.
As Cartas possuem registros do ano de 1918, sobre o intercâmbio de informações entre o Almoxarife, o Contador e as Superintendências da Companhia na Mina do Leão e em Porto Alegre, assim como entre a Matriz, no Rio de Janeiro, e o diretor da Companhia, em Porto Alegre, assim como entre a Matriz da Companhia no Rio de Janeiro e o seu diretor em Porto Alegre. Dentre as temáticas que constam nesta Tipologia, encontram-se pedidos e aquisições de materiais; boletins diários de serviços no Porto Coronel Carvalho; controle de mercadorias para a Cooperativa das Minas, inclusive as reclamações sobre gêneros alimentícios deteriorados; envio de demonstrativos de caixa e mapas de exploração de carvão; lançamentos de créditos da Companhia feitos pela Estrada de Ferro Jacuhy; relações de mercadorias transportadas nas chatas com destino ao Porto do Conde e contas pagas à Standart Oil Company. Também
se encontram os saldos em folhas de pagamentos de trabalhadores da Companhia; débitos feitos na conta da Comissão de Instalação das Minas, bem como créditos realizados à Cooperativa e alugueis de casas nas Minas.
A série é composta por Balancetes financeiros; Movimento de Caixa; Boletim de Caixa; Inventário de Equipamentos e Materiais; Cartas: e Pagamentos de Serviços e Materiais.
Os Balancetes Financeiros Abrangem relatórios referentes aos movimentos financeiros regis-
trados pela companhia em suas atividades de exploração carbonífera, na construção de instalações para a organização e escoamento da produção, nos transportes e no fornecimento de carvão e outros produtos a empresas distintas. A documentação está estruturada no modelo “deve/haver”, ou seja, registros de débito e crédito, relacionados à atuação da
empresa na região.
O Movimento de Caixa contém informações referentes à contabilidade geral da companhia, na maioria das vezes registrada de forma resumida, a partir das informações obtidas junto aos Boletins de Caixa.
Os Boletins de Caixa são compostos por Boletins mensais, dos anos de 1919 e 1920, onde constam os saldos do dia, pagamentos para as despesas gerais e o Almoxarifado Geral, bem como os dos atrasos efetuados à Estrada de Ferro Jacuhy, e recebimentos, dentre eles os remetidos pelo Banco Francês, Italiano e Lloyd Brasileiro. Constam, também, notas de débito de vencimento de pessoal, recibos, e saldos à Cooperativa das Minas.
O Inventário de Equipamentos e Materiais constitui-se de um levantamento geral sobre os bens totais da companhia em 1920 e relaciona ainda as diferenças encontradas em documento congênere do ano anterior.
As Cartas elencam a correspondência entre o Escriptório de Contabilidade da companhia e distintos destinatários. A correspondência é composta por cópias de telegramas, memorandos, balancetes, boletins de caixa e recibos, versa sobre o pagamento de salários, arrendamentos e outras contribuições. Nos tomos, cita-se também o rompimento do acordo entre a Companhia Minas de Carvão do Jacuhy e a Companhia Francesa do Porto de Rio Grande; são relacionadas, como
cópias ou anexos, as tratativas de venda e cedência de maquinário para outras companhias e notas fiscais que comprovam pagamentos e a comunicação entre setores tais como a presidência e a diretoria da empresa.
O dossiê de Pagamentos e Serviços Materiais Abrange documentos entre a companhia e seus fornecedores, incluindo não apenas as notas, mas também orçamentos e faturas relativas a folha de pessoal, viagens e mercadorias diversas. Observa-se nesta documentação a relação entre a companhia e outras empresas, como a Aliança do Sul e a Viação Férrea do Rio Grande do Sul. As faturas e recibos referem-se ao conjunto de documentos destinados a comprovar distintos pagamentos realizados pela companhia em função de atividades diversas. Destacam-se os recibos referentes ao pagamento de operários, da Cooperativa das Minas e de fretes. Uma nota registra, em dezembro de 1918, o pagamento pela condução dos cadáveres dos operários mineiros Veríssimo Morosa, João Leivas e o foguista da lancha Mirim, vitimados pela gripe espanhola. Constam ainda recibos de pagamento de amortização das dívidas da companhia junto ao Governo Federal.
O conteúdo da série se baseia nas tipologias documentais Cartas, Telegramas, Código Telegráfico (Ribeiro), Relatórios dos Trabalhos das Minas e Diários de Ocorrências. Tais documentos registram não apenas as atividades voltadas à gestão da companhia, como também atestam detalhesa respeito da produção carbonífera e dos investimentos efetuados pela
empresa na região.
Nas Cartas, há a correspondência encardenada ou avulsa relativas aos contatos realizados entre os administradores da Companhia Minas de Carvão do Jacuhy, seus subalternos, parceiros comerciais e sócios. A correspondência trata, basicamente, dos detalhes relativos à construção da Estrada de Ferro do Jacuhy (1917-1920), as despesas realizadas com a obra, listados de dívidas a pagar, relacionamento com organismos tais como a Cooperativa das Minas e a Caixa de Socorro, envio de relatórios referentes à movimentação no processo de extração do carvão e decisões de caráter gerencial e administrativo. Os livros chamados de “copiadores” contém correspondência organizada de acordo com os remetentes e destinatários, envolvendo a Matriz, as minas e as agências da companhia em outras praças. Tais documentos assinalam a estrutura de mando e as esferas de decisão da empresa ao longo do tempo.
Os Telegramas incluem documentação entre os acionistas Horta Barbosa e Arrojado Lisboa, referentes à abertura dos primeiros poços da Minas do Leão, além boletins de serviço, relatórios de atividades nas minas e cor-
respondência entre a superintendência da Companhia e os diretores da mesma, no Rio de Janeiro.
O Código Telegráfico refere-se ao Código Telegráfico Ribeiro, que é o instrumento de padronização de linguagem e contato utilizado pelas companhias para comunicação telegráfica.
O Relatório de Trabalho nas Minas abrange o período de 1919-1920, contendo informações semanais informações
semanais dos trabalhos realizados nas Minas do Leão, apresentando dados sobre as produções médias diárias e totais do Poço Wenceslau Braz e medição das galerias. Dentre as temáticas abordadas, constam os relatos sobre a produção recorde no Poço Wenceslau Braz, no ano de 1919, creditada à entrada de novos mineiros nos quadros funcionais
da Companhia; por outro lado, é mencionada a falta de pessoal para fazer a escolha do carvão no chão, gerando acúmulo ao lado da via-férrea. Também compõem essa Tipologia, Relatórios pormenorizados sobre acidentes com os maquinários e seu funcionamento; informações; a ventilação no Poço; oficinas e caldeiras; novas instalações na Mina, bem como planos de exploração e os pagamentos de operários, salientando os atrasos em seus pagamentos, em janeiro de 1920, e a preocupação da Companhia com a “nova explosão” que isso ocasionará, e que, dessa feita, não será fácil de conter como a anterior. De igual modo, há registros dos bailes realizados nas Minas, salientando sua iluminação com luz elétrica, e o fato de trazerem diversão à monotonia da vida dos trabalhadores. Mencionam-se, também, os relatos sobre a urgência de organizar e publicar os estatutos da Caixa de Socorro, para que cada sócio saiba suas obrigações e direitos.
Os Diários de Ocorrência abrangem o ano de 1919, sendo relatos da produção na Mina do Leão, feitos pelos engenheiros e ajudantes da Companhia. Neles estão registradadas a punho as relações de ocorrências e notas referentes ao serviço durante cada turno de trabalho, registrando falta de materiais e de pessoal, e a produção no Poço Wenceslau Braz, dentre outros. Nos Diários constam, também, registros do cotidiano dos dias de trabalho das minas, onde as “novidades”, acidentes, e os dias em que os trabalhos foram “muito mal” são relatados com minúcias pelos responsáveis da Companhia.
A série Almoxarifado é composta pelas tipologias Cartas, Balancetes e Controle de Materiais, referentes às atividades exercidas pelo Almoxarifado da Estrada de Ferro do Jacuhy durante os anos de 1916 a 1920, período importante do empreendimento, pois abarca a construção do mesmo.
As Cartas incluem a correspondência entre o almoxarife da Estrada e outros setores da via-férrea, tais como o contador, além do contato entre o responsável pelo Almoxarifado e o superintendente da Companhia Minas de Carvão do Jacuhy. As cartas também incluem o registro de ordens remetidas pela Inspetoria Geral de São Jerônimo para o almoxarife C.R. Ferrari, em 1920.
Os Balancetes referem-se ao levantamento sobre materiais constantes no Almoxarifado, bem como aqueles que foram despachados a outros setores.
O Controle de Materiais de Exploração referem-se ao registro dos materiais usados no abastecimento, reparação e conservação de locomotivas, pontes, linhas, bueiros, edifícios e dependências que constituíam a estrutura da Estrada de Ferro do Jacuhy.